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A edição de todas as cópias de uma gravura é chamada de tiragem. Cada uma delas é assinada e numerada. Antes da edição final, algumas impressões são feitas a título de prova de estado, prova de artista e prova de impressor. As provas de estado são feitas acompanhando o processo de gravação, documentando suas principais etapas e possibilitam ao artista evoluir na confecção da gravura. Provas de artista equivalem em número, a um décimo da tiragem e integram o acervo do artista, podendo ser comercializadas. Provas de impressor são destinadas ao acervo do impressor. Como as provas de artista, numericamente não devem passar de um décimo da tiragem.
Há infindáveis imagens impressas em papel que podem, eventualmente, seduzir o olhar leigo. São rodadas aos milhares nas gráficas industriais. São os posters.
Mas não são fruto de um processo de gravação levado a termo por um artista especializado no ofício e impressas em papéis de qualidade com tintas de boa procedência. E não são nem numeradas e tampouco assinadas por seu criador, uma a uma dentro de uma tiragem limitada.
Por isso, não têm nenhum mérito artístico e seu valor comercial é irrisório. Não obstante, podem, sem dúvida, prestar-se para bem decorar a sua casa ou o seu escritório. Mas quem conhece gravura verá de imediato que são quadros indigentes, são quadros órfãos, comercializados quase sempre, para combinar com a cor da parede ou do sofá.